domingo, 26 de abril de 2009

Ainda o Indie, atrasado

Respondendo à pergunta da Flávia, este filme, imperdível, entrará no circuito comercial:

Brendan e o Segredo de Kells

Escolhi título, dentre tantos, para ir com Alice. Acho que tenho mesmo sorte nessa vida. Ou quem sabe as antenas estão tão sintonizadas que percebo de longe:quando li a sinopse, vi que era uma animação sobre monges copistas e iluminadores na Idade Média. Imperdível!

Os desenhos são maravilhosos, figurativos não realistas, de cores contrastantes dentro de linhas delineadoras de espaço. A animação fantástica consegue movimentos lúdicos, representações de sentimentos, brilhos do imaginário.

A estória era sobre a criação do famoso Livro de Kells, evangeliário do século IX feito no mosteiro de Kells, na Irlanda. É considerado o mais perfeito livro iluminado esta época.





Indie Lisboa - Águas Mil

Águas Mil, de Ivo M. Ferreira. Cine São Jorge, 21:30.

Pedro, um jovem ator, perdeu o pai, um militante de esquerda, logo depois da Revolução dos Cravos. Já em idade adulta, essa falta ainda o perturba imensamente. Tem projeto de ser pai. A namorada é a possibilidade do futuro e do presente. Isso o assusta tremendamente. Não consegue assumir os novos caminhos para fazer sua vida diferente. Abandona tudo o que poderia ter, uma chance de felicidade e do novo, e submerge no passado, o velho, o já acontecido, o irremediável. Não consegue, nem quer, dominar seu tempo. O passado é presente, e o presente apenas futuro.



Por presente da vida, o Cine São Jorge, na Avenida Liberdade,fica bem pertinho da minha casa. É um cinema bastante antigo, hoje só funciona para eventos. A sala é enorme, pé direito no céu, maravilhosa!
















A sessão estava lotada - o filme era um dos mais esperados... Acabada a sessão, vinho branco no saguão, celebridades passeando por cá e lá, entrevistas, enfim, intelectualidade cultural portuguesa. Delícia de programa para início de noite, que se seguiu para os bares do Bairro Alto, a pé, em boa companhia, por entre as ruelas, becos , ladeiras e escadarias dessa linda cidade. Estava chovendo, ainda assim foi lindo.

sábado, 4 de abril de 2009

Sem fotos

Hoje tivemos um dia muito bom. Passamos a manhã em casa, Alice na preguiça e eu planejando a viagem da Páscoa - ou sul ou norte de Portugal, dependendo da companhia.
Quase às duas saímos para almoçar e depois ir a uma feirinha de arte e design (na verdade, artesanato mesmo), alguma coisa parecida com uma feira hippie, mas beeeem menor do a que conhecemos. Mas era um motivo para ir ao parque da Estrela, relativamente perto de casa, oportunidade de andar por uns caminhos que ainda não andamos.
Saímos com livros, as duas. Alice está grudada no Crepúsculo e levar o livro foi a única maneira de convencê-la a sair. Eu levei um outro sobre textos barrocos. A praça é linda, mas não merecia fotos de alguém como eu - exceto quando o lugar é tão diferente dos nossos, a imagem captada parece boa. Praça comum, cheia de gente, de pais andando atrás de bebês desarvorados querendo cair nos laguinhos, bicicletas, patins, bolas.
Passeamos pela feirinha, compramos um brinco cada uma. Em cada lugar, cada coisa fazia Alice se lembrar de alguém: da Luiza, da tia Paola, da Juju, do Rafa, da avó. Além disso, segundo ela tudo tinha a cada dos Gibrans: Sônia, Ceci (muito) e Bacho. Sentamos com os livros, ora no sol, ora na sombra para variar a temperatura do corpo, já que o vento frio não deixava a gente ficar na sombra por muito tempo. Por três horas ficamos assim, a ler nos bancos da praça.
Fomos e voltamos contando os Smart forTwo, carro de paixão da Alice por aqui.
Dia muito bom, feliz e tranquilo, ensolarado e com novidades simples. Cotidiano.