domingo, 15 de março de 2009

um fim de semana

Há vários dias não fazemos postagem. Acontece que, ao entrarmos no cotidiano, as horas nos engolem. Os dias da semana são ocupados com tarefas comuns, como ir à escola, ao arquivo, às palestras, cozinhar, arrumar a casa, ler, escrever. Nos fins de semana procuramos fazer coisas que ainda não fizemos ou repetir aquelas mais gostosas quando estamos sem criatividade - haja inovação para todo dia!

No fim de semana passada foi assim. Saímos de casa no sábado para visitarmos o Jardim Botânico da Ajuda, criado por Domenico Vandelli (aquele que o Dudu fez o papel) e o primeiro JB de Lisboa. Demoramos em casa, saímos almoçadas e quando vimos, não dava tempo para ir lá, que é um pouco longe. Resolvemos descer no Chiado - sempre o Chiado. Deixei que Alice nos guiasse pelas ruas. Chegamos à rua Augusta e à Praça do Comércio


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Vamos pegar um bonde? Não, vamos ao Parque das Nações - já estivemos lá. Entramos no metro. Lá tinha uma indicação para barcas. Alice, vamos andar de barco? Idéia aceita na hora. Chegamos ao Cais sem saber quais destinos havia.
Só havia um: Barreiros. A viagem que cruzava o Tejo durava 20 minutos. Compramos ida e volta. Foi gostoso. Atravessar rios e chegar naquela margem é sempre uma viagem interessante. Travessias. Lembrei-me do Guimarães Rosa e do Brasinha de Cordisburgo. Atravessamos e entramos no barco de volta.
Só que eu não esperava a chegada em Lisboa. Chegar em Lisboa por via fluvial é lindo! Fiquei imaginando os navegadores de todos os tempos, vindos do mar. Inesperada grata surpresa.

































Saímos do barco, dia ainda azul fantástico. Olhei para Alfama, ensolada, e deu vontade de andar por lá. A lua já estava no céu, quase cheia. Fomos em direção ao Sol, para depois voltar ao Chiado para comer croissants na Pastelaria Bernard, ao lado do café A Brasileira. Andamos em direção à Sé, que surgia do meio dos prédios. Chegamos nela e continuamos subindo, subindo, subindo e fazendo curvas. A paisagem era deslumbrante, só que tinha apenas uma idéia leve de como chegar ao destino. No caminho descobrimos o bar o terraço, o chapitô, a travessa do Almada (há rua nova do almada, rua do almada e esta) e uma escadinha que levava ao Rossio. Meu GPS interno já tinha acabado a bateria e pegamos o metro para andar menos de 50 metros! E comemos nossos croissantes e pastéis de nata em pé porque o bar estava lotado.














































5 comentários:

  1. :)
    Será que a vida aqui ainda pode ser assim? Cheia de descobertas e aventuras?
    Alice linda. só vi de longe. Queria ver de perto, de calça vestido e blusa de frio, saudades enormes
    beijos para as duas

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  2. Você sabe se o prédio de 6 andares que tem um reformado e o outro não, tem elevador? Curiosidade. O que são as 2 torres?

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  3. Kiti, esses prédios são em Alfama, um lugar mais antigo e provalvemente não tem elevador. Alguns edifícios que foram totalmente remodelados por dentro atualmente têrm elevador e fica só a fachada externa (quase) original.
    As duas torres são da Sé de Lisboa, uma Igreja medieval (começada a constuir em 1150), em estilo românico.

    Tande, o cotidano toma a gente. Para ter essa vida de (re)descobertas em casa tem que ser muito mais criativo do que na situação em que estamos. Por isso esse momento é único.

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  4. De qualquer forma, sempre é poss+ivel. Alice me contou hoje que vocês dois atravessaram a fonte da Praça da Estação caminhando nas águas! Qual é a diferença entre Lisboa e BH??? Não seria o olhar?

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  5. No AFS costumava dizer que being on exchange, everything you do, even going to the grocery store, is a adventure. [em ingles aportuguesado
    Talvez a paternidade seja assim tb.
    Endless exchange?

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